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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Animais adoráveis: peculiaridades e perigos das minirãs

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Muitas espécies de rãs pequenas são venenosas. Benimoto/Creative Commons

Para muitas pessoas, os anfíbios inspiram medo e desconfiança, e, às vezes, ternura. No entanto, é quase impossível não sentir curiosidade quando encontramos uma rã ou um sapo. Certas espécies são tão intrigantes quanto exóticas.
Ainda mais surpreendentes são as variedades de rãs diminutas que habitam diversas regiões do planeta, tão pequenas como um fósforo: algumas são coloridas e venenosas, outras têm uma aparência amigável – e duas espécies acabam de ser descobertas.
Em 2011, na Papua-Nova Guiné, foram encontradas duas novas espécies de rãs, as menores do mundo. A primeira – Paedophryne dekot-dekot, que significa “muito pequena”- mede apenas oito ou nove milímetros de comprimento. Já a Paedophryne verrucosa – que significa “cheia de verrugas” – não passa dos nove milímetros e meio centímetros.
Além de serem as menores rãs conhecidas, também são os tetrápodes  (vertebrados de quatro patas) mais diminutos. Para os pesquisadores que as descobriram, essas rãs “superam os limites do possível”.
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As menores rãs do mundo se medem em milímetros. Maveric2033/Creative Commons
Os pesquisadores acreditam que estas rãs evoluíram em um tamanho tão diminuto para preencher uma brecha na cadeia alimentar. Por exemplo, elas podem se alimentar de presas minúsculas, que não serviriam de sustento a uma rã maior.
Algumas espécies, contudo, podem crescer bastante e alcançar entre seis e dez centímetros, mas percorrem um longo caminho até atingir seu tamanho máximo.
É o caso da rã-leitosa-da-amazônia (Phrynohyas resinifictrix), uma subespécie que habita as florestas tropicais da Amazônia. Seu nome descreve o líquido venenoso que ela segrega quando se sente ameaçada. Na terceira ou quarta semana de vida, a rãzinha mede apenas a metade de um dedo humano.
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Nas primeiras semanas de vida, as rãs são menores que um dedo. Omaha Zoo/Divulgação
Recentemente, o zoológico Omaha registrou imagens impactantes da transformação completa de uma rã, do girino até a idade adulta.
As rãs são tão fascinantes que alguns admiradores decidem criá-las como animais de estimação. Em cativeiro, uma rã pode viver entre quatro e 15 anos. No entanto, ambientalistas e estudiosos não recomendam a prática, já que muitas subespécies estão em perigo de extinção.
Apesar de sua aparência adorável, nem todas as rãs são flor que se cheire: algumas são tão perigosas que uma pequena dose de seu veneno pode matar um ser humano. Outras lançam dardos embebidos em veneno e podem gerar uma parada cardíaca nos predadores incautos.
O veneno da Ranitomeya variabilis é tão potente que uma única dose pode matar até cinco pessoas. Mas a mais letal de todas é a rã-dardo-dourada (Phyllobates terribilis): de cor amarelo brilhante, cabe na palma da mão, mas suas secreções podem matar dois elefantes ou até vinte pessoas.
Pequenas e adoráveis, mas também perigosas. O que você achou dessas rãs fascinantes? Elas inspiram medo ou ternura?

Fonte:

http://animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br

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