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sábado, 10 de agosto de 2013

Por que os gatos enlouquecem com lasers?

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A internet está repleta de vídeos de cães e gatos que enlouquecem com feixes de laser. Por que nossos bichos são tão obcecados pela luz?
Especialistas em comportamento animal acreditam que o movimento pontual e aleatório desperta os instintos predatórios dos animais, impelindo-os a uma busca infrutífera. Embora pareça óbvio que existam grandes diferenças entre um ponto de laser e um rato, os humanos não deviam se sentir tão superiores. Afinal, o macaco mais avançado do planeta também se deixa enganar pelo mesmo truque.
Em um experimento, psicólogos instruíram os participantes a observarem o movimento dos pontos de luz em uma tela e relatar quando um deles desaparecia. A maioria dos pontos  se movia quicando pela tela, como no antigo videogame Pong. Mas outros moviam-se aleatoriamente, como se estivessem vivos, e os observadores perceberam que os pontos “animados” desapareciam mais rápido que os demais.
Quando penso na quantidade de tempo que muitas pessoas desperdiçam olhando fixamente para pontos móveis de luz, como os pixels da tela de uma TV, esses resultados não me surpreendem.
No entanto, a perseguição frustrante a pontos de luz pode ser psicologicamente prejudicial para os animais domésticos.
“Eles podem ficar tão excitados com a perseguição de uma presa falsa que não conseguem mais parar de perseguir a luz, o que gera um problema comportamental”, explicou Nicholas Dodman, professor de comportamento animal da Universidade de Tufts, Massachusetts, ao Live Science. “Já vi perseguições patológicas em que o animal perseguia sem parar um raio de luz ou uma sombra, tentando pegá-los com a pata. Eles podem passar a vida toda desejando e esperando conseguir”.
Passar uma vida toda desejando e esperando, olhando fixamente para pontos de luz… mais uma vez, me pego pensando na televisão. Pesquisas sobre viciados em televisão sugerem que as luzes dançantes podem obcecar tanto humanos como bichanos.
fonte:
www.animalplanet.com.br

Golfinhos Podem Ter a Melhor Memória Do Reino Animal :

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Uma nova pesquisa sugere que golfinhos possuem a memória social de maior duração já registrada em animais não-humanos. Mas a memória de um golfinho poderia se igualar ou superar a de uma pessoa? O tempo dirá.
Por enquanto, sabemos que os golfinhos-nariz-de-garrafa cativos reconhecem os nomes de seus antigos companheiros de tanque mais de vinte anos depois de se separarem. “Isso demonstra que seu nível cognitivo é muito semelhante à memória social humana”, explica Jason Bruck, que conduziu o estudo na Universidade de Chicago, onde é pós-doutorando em Desenvolvimento Humano Comparativo.
“Esse tipo de estudo só é viável com grupos de animais cativos, e quando se sabe há quanto tempo estiveram separados. Conduzir um estudo similar na natureza seria quase impossível”, acrescenta. O estudo foi publicado na edição deste mês da revista científica Proceedings of the Royal Society B.
Os golfinhos possuem assovios característicos que designam nomes individuais e informações como sexo, tamanho e estado de saúde. Os humanos usam um sistema similar; quando uma pessoa diz seu nome em voz alta, os ouvintes podem perceber outras informações. É mais provável que um homem grande com congestão nasal tenha uma voz grave e anasalada, por exemplo. Inferir esse tipo de coisa em humanos não é uma ciência exata, afinal, um homem baixo pode ter uma voz estrondosa.
Para demonstrar que os golfinhos prestam atenção aos assovios conhecidos, Bruck reproduziu gravações de assovios característicos para indivíduos que haviam convivido com os animais que produziram os sons, e de outros golfinhos que nunca conheceram.
Bruck descobriu que “eles se entediavam rapidamente quando ouviam os assovios de golfinhos que não conheciam”. Mas quando ouviram os chamados dos “amigos” que não viam há muito tempo, eles imediatamente demonstravam interesse. “Quando ouviam um golfinho que conheciam, eles se aproximavam rapidamente do alto-falante”, explica Bruck. “Às vezes, eles davam voltas ao seu redor e assoviavam para ele, tentando receber outro assovio como resposta”.
Em um exemplo notável, uma fêmea chamada Bailey, agora com 24 anos, ouviu o assovio característico de outra fêmea chamada Allie, que não via há vinte anos. As duas fêmeas compartilhavam o mesmo tanque no Dolphin Connection em Florida Keys. Bailey se mostrou empolgada quando ouviu a gravação de sua velha amiga, e até tentou se comunicar.
Não há dúvida de que os relacionamentos entre esses animais são profundos e significativos. As descobertas também indicam que são animais muito inteligentes, com processos mentais complexos. Suas comunicações são igualmente complexas, a ponto de Bruck e outros pesquisadores se perguntarem se os golfinhos teriam sua própria linguagem. A criação e fruição da linguagem são atributos que nunca foram tecnicamente aplicados a espécies não humanas.
“Sabemos que eles usam os assovios como nomes, mas não sabemos se o nome evoca um significado em sua mente da mesma forma que em nós”, afirma Bruck. “Não sabemos se o nome forma a imagem de um golfinho em sua mente”. Segundo Buck, o objetivo da próxima fase da pesquisa será “verificar se o chamado evoca uma imagem mental de um indivíduo”.
Fonte:
www.animalplanet.com